sábado, 1 de junho de 2024

Ei menina: Veja o Farol que se Acendeu pra te Guiar

 

Houve um tempo em que me via dividida entre a dor da perda e a incrível força da fé. Durante os anos entre 2011 e 2016, por entre lágrimas e palavras compartilhadas aqui, buscava expressar, ainda que de forma velada, quem era e quem me tornaria. Lembrava à memória e ao coração a importância de manter viva a esperança, de sonhar e fazer cada dia valer a pena. Naqueles dias, a vida amadureceu em meio às experiências vividas, e me vi buscando conhecer e reconhecer-me nos processos de mudança. Sentia-me desconectada de mim mesma, remando incansavelmente contra as correntezas da vida.

No meio desse processo, parece que a vida em mim gritou. Era como se, ao crescer, uma parte de mim - aquela menina que um dia fui e da qual me orgulhei em muitos momentos - ficasse cada vez mais distante. Como reconectar-me com ela? Como resgatar aquela parte inocente, os sonhos e a pureza perdidos ao longo do tempo? Senti-me perdida, desorientada, mas sempre determinada a encontrar respostas.

A primeira é sobre remar, compartilhar o remo, dar pausa e sentir o tempo, saborear o barco atracado, os pés na areia, e ver aquela menina, agora mulher, em pé, convicta, mais serena, de olhos fitos no alto,
voltar a contar para os céus segredos tão íntimos e dos meus, cheia de sonhos, esperanças e uma fé inabalável.

Oh, menina, acalma a alma e o coração. Talvez nada seja como antes, mas você ainda é e sempre será parte de mim, aquela que me impulsionou com sua fé inabalável a estar aqui. Agora, à luz do que é novo, renovo-me nessa incrível e grata jornada, regada a risos e lágrimas, sempre valiosas em seus
efeitos.

Aquela menina e esta mulher mantiveram a certeza de que Deus é todo misericordioso, e nos conhece até no limite das nossas fraquezas, nos ama, nos perdoa com infinito amor e nos leva a sermos exatamente quem nascemos para ser nEle. Todos os dias sinto que Ele não desiste de mim, apesar de muitas vezes eu vacilar. Nessas horas em que sinto tanto, a oração soa como um canto, um desespero da alma, a dizer:            
                                                                                    
                                                                                                                                                                Querido Deus, ajude-me a reconhecer-te em tudo,
    pois mesmo quando nos sentimos perdidas, há uma voz que ecoa dos céus bem
dentro do meu ser, dizendo: "Eu estou aqui. E te amo, te levanto, te ajudo,
fortaleço e serei seu farol se comigo andar. Porque a sua identidade está em Mim"













terça-feira, 17 de setembro de 2019

Broken

Eu era pequena, o ano 1995 quando, o unico e mais seguro formato para manifestar meus sentimentos eram as folhas rosadas do diário de flores que acabara de ganhar de presente da minha irmã.
Nele continha um cadeado. Senti-me segura (criança que era), de me despir dos medos, dores e  traumas que se repetiam como que com imagens gravada em meu olhar, e que, como um ladrão de sonhos, me aprisionou por muito tempo na ideia de que eu não poderia sair daquela teia que teceram sobre mim.
1995, 8 anos. 
Eu tenho muitas lembranças bonitas da primeira infância, dos sorrisos gostosos do meu padrinho.
Do cheiro de bolo e de suspiro caseiro feito pela madrinha.
Das falacias do papagaio do padrinho que gritava "Conceiiiçãoooo...Conceiçãooo.." rs
Do balançar da rede na area da casa deles. 
De estar por entre as arvores das frutas que são hoje minhas favoritas: pé de uva, de goiaba, jaca...
E das broncas que repetidamente eu levava quando em minhas peripécias, machucava as flores de girássois que o padrinho tanto preservava.
Estar e viver no lar deles era o meio de manter a organização do lar e me manter em segurança que minha mãe - mãe solo de 4 filhos (dois meninos e duas meninas), encontrou para conseguir administrar, casa, filhos, trabalho e conciliar a rotina de maneira que todos pudesse estar bem. 
Era eu a caçula da turma dos 4 filhos e, agora que paro para refletir sobre aquela garotinha de 8 anos, era a mais dispersa, sensivel e de baixo estima que já me deparei em toda minha vida.
Apesar disso, até a quarta série com a melhores notas de toda turma.
O pontapé da cobrança em ser melhor na escola veio da irmã mais velha, que muitas vezes assumiu o papel maternistico quando ainda era criança como nós.
E a vida em mim gritou em partes pela vida dela.
Nossa diferença de idade não é assim tão grande. Hoje, essa menina mulher tem 32 anos, a irmã creio eu 39 anos. 7 anos imagino de diferença.
Nas memorias registradas, lembro dela me ensinado - do jeito dela, bruto de ser rs, as primeiras leituras. Dos cuidados com meus cabelos e comigo de modo geral. Com meus irmão.
= Nada de rua! =
= Que letra é essa? presta atenção ou voce vai apanhar!!! =
= Se bagunçar a casa eu te ponho de castigo! +
= Ja deu de brincadeiras, vai tomar banho agora e ficar dentro de casa. =
= O que foi Eliane? Ele esta incomodando você? = (falarei sobre ele em outro post)


Nas refeições improvisadas com o que tinha, ela desenrolava algo melhor, fazendo um bolo surgir  na nossa mesa de café da manhã. Apesar de saber quem é a sua mãe, quando criança, quando seu irmão(ã) exerce esse papel, existe um desdobramento emocional que te leva a validar essa figura como uma figura não somente do lar, que esta cuidando de ti, mas materna também. E apesar de não verbalizar isso, para o irmão mais velho(a) cuidar da manutenção efetivar:impar, lavar, cozinhar e cuidar(educar) seus irmãos mais novos, embora some uma bagagem de responsabilidade é de certo modo um fardo pesado quando voce teria o mesmo direito de ser criança e desenvolver na curva da sua idade como os demais. Mas na maioria das vezes, os irmãos mais velhos perdem parcialmente a vivência disso quando se tornam co-responsaveis pelo lar e pela vida de alguém, o que nesse caso significa manter a todos em segurança e bem cuidado.

Poucos anos depois minha irmã se mudou para não tão longe de casa, geograficamente falando, mas na construção do seu próprio lar por um motivo muito nobre, que não caberia citações pessoais por se tratar de outra pessoa. E eu...bem, eu senti muito. Muito mesmo.

Existia cuidados diarios por parte da familia digamos que 'adotiva', estes então padrinhos e madrinhas, já citados por aqui no blog, mas que eventualmente também me 'devolviam' para passar um tempo em casa, com minha mãe e meus irmãos.

Eles sabiam que eu era diferente das outras crianças, mas nunca perceberam e/ou não pergutaram se havia algo de errado. Se alguém tivesse feito algo comigo.
Na verdade, ninguém percebeu.
Mesmo tendo os registros marcado entre as canecas coloridas dos meus diários, ora borrado pelas gotas de lágrimas que selavam em palavras a ferida latente e dolorosa que se abriu em meu peito.
Na minha época precisavamos de permissão para falar entre os adultos.
E quando falavamos, eramos desacreditados por quem deveria nos 'ler' nos notar, compreender as mudanças, para auxilio em nosso desenvolvimento,porém infelizmente na minha casa, como em muitas outras do mundo inteiro era despercebidos.
Cultura de uma época, dinamica familiar com pais trabalhando para suprir seu lar...Há muitas situações que enseja nisso. Se você é de uma 'época' como a citada, compreenda após uma reflexão o que levou seus pais a conduzirem sua criação da maneira como foi, apos uma cronologia dos fatos.
Iniciarei aqui uma jornada que para mim, sem entender o porque de utilizar-me daqui, será como que um catalisador até chegar na cura.
Na minha propria cura interior.
E se você, de alguma forma tiver folego,  tolerância  e preparado para examinar a si mesmo (porque em algum momento dessa leitura isso vai lhe remeter), para ser o melhor que pode ser, por ti e para os que estarão nessa jornada cruzando com a sua estrada, continue por aqui.




quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

o Fim da Guerra contra a Monstra!

O dia amanheceu com o pesar da tensão.
Eu sabia o que estava por vir, e não queria ter que encarar o fato de que eu precisava comunicar aquela verdade!
Sonhei a noite inteira com aquilo!É que o perfeccionismo me rouba de mim.
Um dos motivos pelo qual preciso voltar com urgência para terapia. É como auto flagelação. Só que a violência é lenta, na alma, maltrata a mente, pior que ferida na pele.
Sai as presas, mas o horário dessa vez estava a meu favor. Peso na consciência!Já que sou sempre atrasada.

Os minutos apesar de agora ter parecidos voarem, passaram até a pouco vagarosamente, eu agoniei cada miléssimo de segundo dele. Agoniei minha imperfeição, meus 'E SE's?', até que parei para respeitar meu corpo na verdade ele me pressionou, já não suportava segurar a vontade.
Fui ao banheiro, passei o papel na vagina, o sangue, aquela fina dor, antiga inimiga pela preguiça da desordem hormonal/emocional agora me levava a sentir como um vulcão adormecido prestes a eclodir.
" Ela veio!!! Ela Veio! Ela Veio!"

Eu queria chorar!
Eu queria rir!
Eu falava com ela, olhava para ela.
Olhava para o teto do banheiro do escritório.
Pensava nEle.

Ele.


Como age rápido, pensei.
Pedi um sinal do Seu favor, apesar de não merecer, e ontem, eu não quis acreditar que isso poderia acontecer!
Mas aconteceu!

Ela veio!Tem valido a  Pena cada Esforço, porque:
Ela Veio Naturalmente!
Vermelhinha!!!!
Sem Mais Guerra!
Não mais Monstra!

Caríssimas Amoras
Eu voltei e comigo revelo o sonho revelado em Janeiro 2017 de um terceiro filho, apesar mais desafios terem aparecidos no percalços. Contudo, não sei bem o que pode acontecer  ou quando poderá acontecer pelos últimos exames que realizei não serem positivos, mas eu sei que eu recebi de Deus um sonho, não sei como é que Ele vai fazer no meio de tanto problema essa gestação acontecer, mas quando acontecer vai ser perfeito, como Deus sempre faz!

Beijos com asas


sexta-feira, 18 de maio de 2018

Saúde da Mulher: Prevenir é um Gesto de Amor

Eiii Amoras

Bom dia!!!!

Tenho muito para contar, mas o tempo é que me falta.
Desde já, conto com um amor latente de que estou trabalhando com Consultoria Materna (Assessoria e Baby Planner). Um dos frutos é este projeto aqui, que quero convidar a todas vocês que moram em São Paulo e Regiões.
Não sendo possivel comparecer, transmitiremos o evento ao vivo pela página do: Viver Amar Fazer Valer a Pena, lá do facebook.

#VamosaoConvite:


Muitas dúvidas surgem quando uma mulher engravida. Este é um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher e a chegada de um novo membro a família traz muitas expectativas, ansiedades e dúvidas sobre o parto e os primeiros cuidados com o bebê.

Além de ofertar exames ginecológicos de forma ágil, o objetivo deste evento é orientar as Tentantes, Gestantes, Mamães e Papais para a realização de um pré-natal saudável, rico em informações de qualidade e efetiva da humanização no atendimento as gestantes e parturientes, para ajudar na preparação do parto, através de palestras, orientações e práticas de vários profissionais e suas especialidades.
O evento que é gratuito, contará com a participação de profissionais multidisciplinares.

Aqui estão eles:


* Equipe de Ginecologistas, Enfermeiros e Técnicos do "CEJAM- Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" para coleta de exames e roda de conversa sobre gestação.

Erivane De Alencar Moreno Escritora, que ira partilhar sua historia e como superou os quatro abortos tardios e venceu a Insuficiência Istmo Cervical, e que hoje é uma das principais ativistas no tema, numa árdua batalha que estende-se a divulgar a IIC.

Eliane Nascimento Sopran idealizadora deste evento, Assessora Materna, Blogueira no Viver, Amar, Fazer Valer a Pena e apresentadora do quadro 'Fala Mamãe' na Rádio Comunidade que partilhara sobre prematuridade, aborto tardio e luto perinatal.

* A coletiva de doulas do Mãe na Roda Vai que vão acolher gestantes e puérperas, dando apoio emocional, conforto físico, além de ser uma ponte entre os médicos e a mulher, traduzindo termos médicos para a grávida e ajudando-a a expressar seus desejos e entender seus direitos na busca do parto humanizado.

Humanascer que através da exposição em fotografia de partos humanizado, traz um olhar sobre a dor que não sofre o amor que se propaga a alegria da chegada de uma nova vida, uma nova luz, um novo cheiro ao mundo.

Roda de Conversa Materna "O olhar da doula" será mediada pela Danie Sampaio da Coletiva Mãe na Roda Vai.

Quem pode participar?

Tentantes, Gestantes, Mamães, Papais além de toda rede de apoio dessa mulher: avó, tia, amigo(a) também poderá participar e interagir em todas as palestras, trazendo suas dúvidas e compartilhando sua história. Roda de Conversa Materna será mediada pela equipe do Mãe na Roda Vai.


.::: Sobre temas Abordados nas Palestras :::.

♥ Gestação: da Concepção ao Pós-Parto
♥ Riscos na Gestação (Insuficiência Istmo Cervical, Diabetes Gestacional, Pré-Eclampsia, entre outros)
♥ Como Lidar com o Luto e a Depressão na Gestação e no Pós-Parto
♥ Roda de Conversa: Mães Imperfeitas - As Pressões da Maternidade 

♥ Exames Ginecológicos 

.::: Sobre os exames :::.

Com o objetivo de ampliar as ações de Saúde da Mulher e, conscientizar a população feminina sobre a importância da preservação da saúde, como forma de obter uma melhor qualidade de vida, a equipe multiprofissional do IRS CEJAM em parceria com o Fala Mamãe da Rádio Comunidade ofertará gratuitamente vários serviços de saúde como:
• Coleta do Papanicolau (Para mulheres sexualmente ativa)
• Aferição de Pressão Arterial 
• Glicemia capilar
• Bioimpedância (Peso, Estatura e Cálculo do IMC)
• Entrega de folders educativos 
• Oficina com atendimento de serviço social

COMO POSSO REALIZAR OS EXAMES?

♥ Qualquer mulher com vida sexual ativa, que resida na região da Zona Sul e possua numero de carteirinha do SUS podera realizar o exame;
♥ É necessário confirmação sua participação, nome completo e numero da carteira do SUS;
♥ No dia do exame, estar munida do RG; número da carteirinha do SUS e saber o endereço completo (com CEP) que reside;
♥ Não haverá agendamento de horário para realização do exame. Para agilizar o atendimento, teremos dois núcleos médicos realizando atendimento simultâneo.

COMO SE DARÁ A ENTREGA DOS RESULTADOS DOS EXAMES?

A equipe do CEJAM estará no mesmo local do evento 30 dias após a data da realização do mesmo, para retorno de consulta e entrega dos resultados, direcionando a paciente ao UBS mais próximo da sua residencia, para dar continuidade ao acompanhamento. 


IMPORTANTE

> Oferecemos um coffee break no intervalo de cada palestra;
> A Participação poderá ser na palestra de seu interesse bem como na programação completa do evento;
> Oferecemos espaço kids para os pais que necessitem trazer os pequenos. Durante todo o evento as crianças que permanecerem no espaço participara de recreações dirigidas por pedagogos.
> Haverá microempreendedores caso queiram consumir produtos/serviços ofertado pelos mesmos.
>Necessário confirmar a participação. (Vagas Limitadas)